Nº inventário | - FIS.0483 | | | Designação objecto | - Caixa óptica | | | Título | - Caixa óptica | | | Descrição | - Vistas ópticas (vues d´optique, perspective views) são um tipo particular de gravuras coloridas, produzidas em séries pelos mais importantes editores europeus, que alcançaram enorme sucesso especialmente a partir dos anos trinta-quarenta do século dezoito, perdurando até meados do século dezanove. A finalidade destas gravuras, muito frequentemente representando vistas panorâmicas de cidades, era a de serem observadas com instrumentos especiais, as caixas ópticas, instrumento dotado de um espelho inclinado e uma lente convexa, através da qual a imagem é observada, o que tornava a observação mais cómoda. O efeito da lente é realçar a percepção que o observador tem da profundidade da. cena observada. Constituição idêntica tinha o zogroscópio, instrumento óptico muito divulgado no séc.XVIII para a observação destas gravuras.
Não é possível estabelecer datas exactas para o início da produção das vistas ópticas. Terão sido, provavelmente, os editores de Londres, durante o segundo quartel so século XVIII, os primeiros a incluir nas suas edições as perspective views para serem observadas através de um zogroscópio. Sabe-se que John Bowles, Robert Sayer, Henry Overton II, tinham já em catálogo, por volta de 1750, centenas de temas diferentes. No séc.XVIII estas gravuras eram bastante caras e apenas podiam ser compradas pelos mais afortunados, bem como os dispositivos ópticos para as observar.
O Index Instrumentorum refere uma valiosa colecção de 84 gravuras guardadas num estojo coberto de couro, adquiridas, provavelmente em finais da década de setenta, para o Gabinete de Física da Univ. de Coimbra. Trata-se de gravuras representando panoramas ou edifícios de várias cidades da Europa. Em muitas delas está escrito o nome do desenhador e do gravador, verificando-se que foram, quase na totalidade, impressas para John Bowles & Son, em Black Horse in Corhil, que, já em meados do século publicitava séries destas gravuras.
O Catálogo de 1851, e o Cat.1878, referem ainda a caixa de couro, que não foi encontrada, mas apenas 60 gravuras. Destas, restam 38 (Inv.Nºs.2131 a 2168), guardadas numa caixa
de cartão. Segundo Mário Silva, em nota à margem do número 394 no Index Instrumentorum, existiam à data já as 38 gravuras, o que é posteriormente confirmado por R. de Carvalho.
| | | Autorias | - Desconhecido | | | Categorias | - Instrumento científico | | | Materiais | - Madeira - Metal\Latão - Vidro - Vidro espelhado | | | Medidas | - 81.5 Centímetros Altura - 57 Centímetros Comprimento - 33.6 Centímetros Profundidade | | | Inscrições | - Número de Inventário | Z.I.II.V.394 | 1788 | | |
| |